Falar de TDAH na escola ainda é um grande tabu. E, infelizmente, o que muitas famílias escutam é sempre mais do mesmo: “ele não para”, “não presta atenção”, “não se concentra”, “atrapalha os colegas”.
Mas vamos falar a real? O problema não é a criança. O problema é uma escola que não entende que o cérebro dela funciona de outro jeito. Que ela aprende de outro jeito. E tá tudo bem.
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), de 3% a 5% das crianças em idade escolar têm TDAH. Ou seja, em uma sala com 30 alunos, pelo menos uma tem TDAH. E isso não pode ser ignorado.
Essas crianças não são preguiçosas. Não são desinteressadas. Elas não estão escolhendo não prestar atenção. Elas estão lutando contra um cérebro que não regula bem o foco, o impulso, a organização. E, na maioria das vezes, são crianças que passam a vida inteira ouvindo que são “bagunceiras”, “difíceis” ou “problemáticas”.
Isso adoece. Isso machuca. Isso deixa marcas que vão pra vida toda.
O caminho? Informação. Formação. Olhar sensível. Adaptação. Porque não dá mais pra fingir que incluir é tratar todo mundo igual. Incluir é entender que cada um tem sua forma de aprender, de se organizar, de viver o mundo.
O aluno com TDAH não precisa de castigo. Não precisa ser isolado. Precisa de apoio. De estratégias. De professores preparados, de escola empática, de ambientes que favoreçam a sua aprendizagem.
E sabe o que é mais potente? Quando a escola faz esse movimento, ela melhora pra todo mundo. Porque uma aula mais dinâmica, uma rotina mais organizada, uma escuta mais ativa… beneficia cada criança daquela sala.
Por isso, se você é educador, eu te convido a olhar pra esse aluno com menos julgamento e mais curiosidade. Pergunte: como eu posso ajudar você a aprender do seu jeito?
Se você é família, saiba: seu filho não é preguiçoso. Ele é incrível, inteligente e cheio de potencial. E sim, você pode (e deve) buscar os direitos dele.
E pra quem acha que isso não é problema seu… eu te digo: inclusão é responsabilidade de todos. Compartilha esse texto. Vamos juntos quebrar esse ciclo de desinformação, capacitismo e exclusão. Que a escola seja, de fato, pra todo mundo.
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